Política Nuclear que não aprendeu com Hiroshima, Nagasaki e Chernobyl – Na espera de medidas adequadas em relação às crianças..
Artigo original da Dra. Moriyo Kimura - Médica/Oficial Técnico do Sistema Médico do Ministério do Trabalho, Saúde e Bem-estar. Atualmente Oficial de Quarentena. Mãe de filhos gêmeos.
A situação do usina nuclear de Fukushima, ainda não permite otimismo.
Hoje escrevo a repeito dos impactos do material radioativo ao corpo humano. Pois sinto que as medidas tomadas pelo governo atual em relação às grávidas e crianças é "muito fraca".
Denomina-se “exposição”, a exposição de uma pessoa à radiação.
Na exposição à radiação, existem a exposição externa que é a exposição da parte externa do corpo, e a exposição interna na qual o material radioativo entra no corpo.
No caso da exposição externa, há como se livrar dos efeitos da radiação tirando a roupa ou lavando o que se expôs à radiação. No entanto, quado se trata do material radioativo que entrou no corpo, não há o que fazer além de esperar que seja expelido pelo corpo através do suor, urina ou fezes, ou ainda, esperar pela desintegração radioativa Por isso a exposição interna requer mais cuidados.
O problema mais grave decorrente da radioatividade é o “câncer”.
Uma das causas é a radioatividade.
O material radioativo danifica o DNA que é o Gene.
O Gene danificado produz células anormais (que crescem e se dividem sem respeitar os limites normais).
Há casos de desenvolvimento de câncer agudo pela exposição excessiva, mas o que é mais problemático é as células se tornarem oncogenes no futuro.
Dizem que para que as células se tornem oncogenes, demora cerca de 20 anos.
Por isso, quanto maior o tempo de permanência do material radioativo dentro do corpo, maior é a possibilidade de se tornar oncogenes.
Como o intervalo de tempo até a morte é mais longa nas crianças do que nos adultos, quanto menor a idade em que foi exposto à radiação, a probabilidade de câncer aumenta.
Num desastre nuclear, muitos tipos de materias radioativos são disperses no ambiente.
Dentre estes materiais radioativos, os mais importantes são os isótopos rativos Iodo 131, Césio 137, Estrôncio 90.
Dentre estes materiais radioativos, os mais importantes são os isótopos rativos Iodo 131, Césio 137, Estrôncio 90.
Como entrariam no corpo?
Podemos citar duas formas. Os que entraria principalmente através dos aparelhos respiratórios e também através dos alimentos.
Por que meio entraria mais no corpo?
Isto difere dependendo do tipo do material radioativo.
É possível calcular a exposição interna por cada tipo, considerando a dose efetiva depositadas ou dose equivalente.
Estes cálculos podem ser feito através de fórmulas diferentes que também resultam em diferentes respostas, dependendo das condições assumidas (tipo do material radioativo, quantidade, alimento, respiração e a probabilidade de absorção por sexo, idade, peso etc.)
Se no cálculo de alguém, for calculado que a quantidade de exposição não foi tão alto, a pessoa que opina tomando este cálculo como referência dirá que “Não há nenhum efeito específico sobre a saúde”, porém para a resposta obtida num cálculo com as condições assumidas/presumidas mais severas, poderá se dizer que “é muito perigoso”
Aqui, não tenho a intenção de opinar contra estas respostas um a um.
Repito qual é o problema.
O problema neste desatre nuclear, é que tanto o governo quanto a mídia, parece não estar muito ciente do fato de que as grávidas e as crianças (principalmte os menores de 5 anos), são muito mais sensíveis à radiação, do que os adultos.
O que não pode ser esquecido, é que uma criança não é um adulto pequeno.
Um pediatra sempre me dizia que “Crianças e adultos são criaturas diferentes”, e essa palavra se adequa perfeitamente a esta situação.
O que é diferente?
É que os impactos da radiação recebidos por uma criança é bem maior comparados ao do adulto.
A criança cresce rapidamente desde a fase em que está na barriga, até andar.
O metabolismo celular, ou seja, a replicação genética é intensa, por isso, naturalmete é sensível.
Aqui cito os impactos dos dois materiais radioativos que podem ser ditos que são representantes – o Iodo 131 e o Césio 137 – sobre as crianças.
Primeiramente o Iodo 131.
A maior parte do Iodo 131 é ingerido junto com a comida e a bebida.
E destes Iodo 131 que foram ingeridos, cerca de 20 % são acumulados na tireóide.
Os 80% restante saem do corpo através do suor , urina e fezes.
A Humanidade experimentou uma grande contaminação radioativa no passado.
A Humanidade experimentou uma grande contaminação radioativa no passado.
Tais como a bomba atômica, os testes nucleares nas Ilhas Marshall, o desastre nuclear de Chernobyl.
Foi constatado no acompanhamento das crianças expostas à radiação de que, em comparação com os adultos, as crianças são suscetíveis ao Iodo radioativo e são propensas a Cãncer de trireóide.
Especialmente os recém-nascidos tem as funções da tireóide bastante ativa.
Nos 10 primeiros dias de vida absorvem 3 a 4x mais iodos do que um adulto.
E, quanto menor a criança, menor é o tamanho da tireóide,
por isso, se uma criança for exposto à mesma quantidade de radiação de uma adulto,será condensado uma alta concentração do Iodo 131 na pequena glândula tireóide, muito mais do que nos adultos.
Citei que o Iodo 131 entra muito no corpo através da comida, mas comparados a um adulto, as crianças possuem facilidade de absorever através do trato digestivo.
Citei que o Iodo 131 entra muito no corpo através da comida, mas comparados a um adulto, as crianças possuem facilidade de absorever através do trato digestivo.
Isto é, podemos dizer que os recém-nascidos e lactentes tem mais facilidade de absorver o Iodo 131 no corpo.
O Iodo 131 migra também para o leite.
A exposição dos animais domésticos também é igual ao ser humano.
A exposição dos animais domésticos também é igual ao ser humano.
Como em geral as crianças bebem mais leite do que os adultos, podemos dizer que aumenta a possibilidade de ser exposto à radiação.
O leite materno também não é excessão e o bebê ao mamar o leite materno contaminado com Iodo 131, tende a acumular o iodo radioativo.
Além disso, o iodo radioativo pode migrar através da placenta, para o feto que está na barriga.
E, a glândula tireóide começa a funcionar a partir de 12 semanas de gravidez, onde há captção ativa do iodo.
http://www.atsdr.cdc.gov/toxprofiles/tp158.pdf
(The Agency for Toxic Substances and Disease Registry (ATSDR))
Creio que tenham entendido a respeito da relação do Iodo 131 com o câncer de tereóide.
Cont....
Nenhum comentário:
Postar um comentário