segunda-feira, 30 de maio de 2011

Tóquio na noite do grande terremoto de 11 de março...

O número de pessoas que ficaram com dificuldades de retornarem para as suas casas naquela noite, está estimado em cerca de 300 mil pessoas. A suspensão dos serviços ferroviários e transporte coletivo, além da falta de meios de comunicação fez com que muitos ficassem aflitos em saber como se encontravam os seus familiares, o paradeiro dos filhos que estavam nas escolas, etc. Por isso, muitos - cerca de 30 % - tentaram voltar para as suas casas à pé, causando congestionamentos intermináveis nas calçadas e também ruas congenstionadas com carros, dificultando até o trânsito de ambulâncias. Os demais permaneceram em algum abrigo improvisado pelas comunidades locais, lojas de departamentos, hotéis e etc., outros chegaram até o meio do caminho e também se abrigaram em estabelecimentos comerciais que ficaram abertas à disposição. Alguns permaneceram nos próprios locais de trabalho.

Apesar das comunidades locais terem os abrigos predetermindados, preparados com cobertores e um pouco de mantimentos, básicamente são para atender os membros da comunidade local. Não sendo suficiente para abrigar tanta gente que ficaram desabrigados naquela noite.

Segundo algumas análises feitas sobre o que aconteceu naquele dia, ficou evidente a falta de preparo do povo que trabalham numa Metrópole e a falta de preparo das empresas que os empregam, para enfrentarem uma emergência como a que aconteceu, mesmo existindo a previsão de Tóquio se tornar o epicentro de um terremoto de grande escala, num futuro próximo. 
Ficou nítido o despreparo  e o risco que as pessoas podem correr ao tentarem se deslocar para fora da metrópole. Pois muitos tomaram caminhos passando por áreas residenciais concentradas, onde se tivesse acontecido algum incêndio, poderiam causar transtornos no trânsito de ambulâncias e bombeiros, além de correrem o risco de serem  envolvidos no incêndio.

Estas atitudes tomadas pelos desabrigados da metrópole poderá vir a ser um grande risco no futuro, pois os que conseguiram chegar em suas casas à pé ou de bicileta, podem se achar confiantes em tomar a mesma atitude, sem pensar no risco que poderá correr no meio do caminho.
Além disso, o mais perigoso nessa atitude é da pessoa se perder no mundo, sem ter como procura-la caso venha acontecer o pior - a não ser que esteja on-line por net ou por telefone móvel com GPS, informando a toda hora a sua localização. 

Ficou evidente a necessidade das empreas  prepararem seus funcionários e ao mesmo tempo,  promover o entrosamento das empresas com a comunidade local onde está está instalada a empresa. Além de haver a necessidade rever os sitemas de prevenção, adicionando os itens como:
  -  o estabelecimento de novos locais de refúgio, preparados com o mínimo necessário e também   
  -  o estabelecimento de normas nas escolas públicas para atender as crianças possívelmente desabrigadas e desamparadas.
O primeiro evitaria o deslocamento precipitado e muitas vezes perigoso e o segundo, tranquilizaria os pais por saberem onde os filhos estão amparados. 

Um outro ponto importante, é o preparo dos familiares em termos de prevenção e as atitudes pós-terremoto. Orientar os filhos sobre onde devem ficar ou para onde devem se dirigir na ausência dos pais, a quem procurar etc. Marcar os pontos de encontro, os meios de contato, como e-mail ou o serviço de mensagem por telefone na calamidade e etc.
O entrosamento dentro da própria comunidade onde mora também é extremamente importante.
Em fim, escrever, comentar sobre o que devemos fazer numa hora de emergência é muito fácil.
O difícil é pôr em prática.
Pois na hora do "pega", por mais que estejamos preparados, dá o branco total e só temos tempo de nos proteger e proteger os filhotes e sair para um lugar seguro... experiência própria...
Bolsas com mantimentos? Roupas?? ficam tudo pra trás. Voltamos para pegar depois que acalmar os tremores...
Por esta última experiência, passei a deixar uma muda de roupa para cada fihote, fraldas, absorventes, água e alguns biscoitos dentro do carro...
(o duro é que alguns oportunistas não podem ver uma bolsa dentro do carro, porque são capazes de arrombar para roubar....)



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